Bem Vindo!!!

Parábolas e Fábulas são contadas de geração em geração e tem como atributo principal fazer-nos refletir sobre nossas atitudes e comportamentos.



Em sua maioria trazem, em seu conteúdo, lições de moral relacionadas ao comportamento humano com o próximo.



O objetivo deste blog é divulgar as muitas parábolas e fábulas contadas pelo mundo, bem como colaborar para que nos tornemos mais sábios e preparados para encarar a vida e seus desafios.



Boa Leitura!!!



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Loucura

Antigamente, até os Sentimentos falavam; como eram tagarelas os Sentimentos!
Para começar, a Loucura resolveu convidar os amigos para uma festa em sua casa.
Todos os convidados foram. Após os “comes e bebes”, a Loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde, o que é isso? perguntou a Curiosidade – que era muito curiosa.
- Esconde-esconde é uma brincadeira, eu conto até 100 e vocês se escondem. Quando eu acabar de contar, todos já se esconderam.Aí, eu vou procurar vocês e o primeiro a ser encontrado, será o próximo a contar.

Todos aceitaram, menos o Medo que era muito medroso e a Preguiça, pois ela sempre foi preguiçosa.
- Um... dois...três... a Loucura começou a contar.
A Pressa que era muito apressada, foi a primeira a se esconder num lugar qualquer.
A Timidez, tímida como sempre, escondeu na copa de uma árvore.
A Alegria sorrindo correu para o meio do jardim.
A Tristeza começou a chorar, só por não encontrar um lugar para se esconder. A Inveja que era muito invejosa, acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele, debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e seus amigos iam se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver a Loucura chegar nos 99.
- 100! -gritou a Loucura- Vou começar a procurar!
A primeira a aparecer foi a Curiosidade. Era tão curiosa que já estava querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para um lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca, sem saber em qual dos lados ficaria melhor para se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez... quando estavam todos reunidos, a Curiosidade, que até hoje é curiosa, perguntou:
- Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto.
A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer.
A Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando, de repente ouviu um grito. Era o Amor gritando por ter furado o olho com um espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Ficou como louca, pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor, e até prometeu segui-lo para sempre.O Amor aceitou as desculpas.

Hoje o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha.

"Pai, tô com fome!"

Ricardinho não aguentou o cheiro bom do pão e falou:

Pai, tô com fome!

O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente.

Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:

- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois saí cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!

Amaro, o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho.

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo.

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua.

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá.

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada.

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades.

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- Ô Maria! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer.

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho.

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas.

sábado, 13 de novembro de 2010

Construa Pontes e não barreiras

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.
- Estou procurando trabalho, disse ele.Talvez você tenha algum serviço para mim.
- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.
O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, nao acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construida ali, ligando as duas margens do riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
- Voce foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.
Mas as surpresas nao pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio.
O irmão mais novo então falou:
- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.
De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho, partiu com sua caixa de ferramentas.
- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.
E o carpinteiro respondeu:
- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...

Assembléia na Carpintaria

Contam que numa carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.

Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.

A causa ? Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa.

Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho.

Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.

Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse :

-- Senhores ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos.

Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes.

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos.

Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.

Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios !

Rei sem dentes

Um rei sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um sábio para interpretar o sonho.

- Que desgraça, senhor! – exclamou o sábio – Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade.

Enfurecido, o rei chamou os guardas e ordenou que aplicassem cem chicotadas no homem.

Mandou depois que trouxessem outro sábio à sua presença e contou-lhe o sonho, que lhe disse:

- Grande felicidade vos está reservada, Alteza. O sonho significa que havereis de sobreviver a todos os vossos parentes.

Imediatamente, a fisionomia do rei se iluminou num sorriso, que mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.

Quando o homem saiu do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma feita por seu colega. Não entendo por que ao primeiro ele pagou com cem chicotadas e a você com cem moedas de ouro.

- Lembre-se, meu amigo – disse o sábio – tudo depende da maneira de dizer…

Compaixão e Sabedoria

Certa vez um camponês encontrou uma cobra morrendo em seu campo de arroz.
Vendo o sofrimento da cobra, ele se encheu de compaixão.
Apanhou a cobra e a levou pra casa.

Deu então, leite morno a ela, envolveu-a em um cobertor macio e amorosamente colocou-a ao seu lado na cama quando foi dormir. Pela manhã, o fazendeiro estava morto.

Por que ele foi morto ? Por que ele só usou a compaixão e não a sabedoria.
Se você pegar uma cobra ela o picara.

Quando você encontrar um meio de salvar a cobra sem segura-la você estará equilibrando sabedoria e compaixão e ambos ficarão felizes.

Sabedoria e compaixão devem andar juntas.
Ter uma sem a outra é como andar com um pé só.
Você pode pular algumas vezes, mas acabará caindo.

Equilibrando os dois você andara muito bem vagarosa e elegantemente passo a
passo.

O Pote Trincado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço.
Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia a beira do poço. - Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas. - Por quê? Perguntou o homem. - De que você está envergonhado? - Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: - Quanto retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho. De fato, a medida que ele subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: - Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado. Eu ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. E lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. - Por dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça a sua casa. Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os reconhecermos, eles poderão causar beleza. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças.

Sídrome do Sapo Fervido

Vários estudos biológicos provaram que um sapo num recipiente com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças no ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo, salta imediatamente para fora. Meio chamuscado porém vivo!

Temos vários sapos fervidos por aí. Não percebem as mudanças, acham que esta muito bom, que vai passar, que é só dar um tempo! Estão prestes a morrer, porém ficam boiando estáveis e impávidos na água que se aquece a cada momento. Acabam "morrendo" inchadinhos e felizes, sem ter percebido as mudanças.

Sapos fervidos não percebem que além de serem eficientes (fazer certas coisas) precisam ser eficazes (fazer as coisas certas).

E para que isso aconteça tem que haver um crescimento profissional com espaço para diálogo, para comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para a relaçáo adulta. O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos o culto ao individualismo e a turbulência exige hoje, o espaço coletivo, que é a essência da eficácia como resposta. tornar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência inter-pessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditarno potencial das pessoas e saber ouvir.

Há sapos fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência, quemmanda pode e obedece quem tem juizo!

Acordem, sapos fervidos! Saiam dessa! O mundo mudou! Pulem fora antes que a água ferva! Precisamos estar vivos, meios chamuscados, mas vivos e prontos para agir. (Cabrera, 2007).

Mudar de hábitos exige sacrifício

Certa vez, um profeta e seu discípulo, estando em viagem, pediram pousada em uma das residências que encontraram ao longo do caminho.
Na hora do jantar, foi-lhes servido como alimentação apenas um copo de leite. Era a única coisa que o dono da casa tinha para oferecer, embora todos que ali moravam fossem pessoas saudáveis, tanto os pais como os filhos. A terra era boa, tinha bastante área para plantio, porém a família nada cultivava. Em toda a terra possuíam apenas uma vaca leiteira, de onde vinha o leite que sustentava toda a família.
Pela manhã, o profeta e o discípulo levantaram, agradeceram a hospedagem e continuaram viagem. Um pouco adiante da casa, viram que a vaca pastava à beira de um precipício.
O profeta, então, ordenou ao discípulo:
- Vá até ali e empurre a vaca para o penhasco.
O discípulo inicialmente relutou, mas como era obediente a seu mestre fez o que o profeta mandara e empurrou a vaca no precipício. A vaca morreu na queda e o discípulo ficou bastante consternado.
Alguns anos se passaram e o profeta e o discípulo voltaram novamente àquela região e novamente pediram pousada na mesma casa. Observaram, imediatamente, que alguma coisa havia mudado naquela família. Já se viam plantações ao redor da casa, animais pastavam no terreno, todos se movimentavam e ocupavam-se com alguma tarefa.
Na hora do jantar, lhes foi servida uma comida excelente, preparada com os alimentos colhidos da própria terra, o que foi motivo de orgulho para todos.
Pela manhã, o profeta e o discípulo despediram-se da família e continuaram viagem.
O profeta disse então ao discípulo:
- Se não tivéssemos empurrado a vaca no precipício, essa família nunca poderia ter se desenvolvido, trabalhando e cultivando a terra que possuíam.

Esta parábola nos mostra que devemos expandir nossas habilidades para coisas novas. Só assim a vida progredirá. Nos ensina também que mudar hábitos e comportamentos às vezes requer sacrifícios e rompimentos drásticos com os padrões de trabalho que adotamos.