Bem Vindo!!!

Parábolas e Fábulas são contadas de geração em geração e tem como atributo principal fazer-nos refletir sobre nossas atitudes e comportamentos.



Em sua maioria trazem, em seu conteúdo, lições de moral relacionadas ao comportamento humano com o próximo.



O objetivo deste blog é divulgar as muitas parábolas e fábulas contadas pelo mundo, bem como colaborar para que nos tornemos mais sábios e preparados para encarar a vida e seus desafios.



Boa Leitura!!!



sábado, 3 de março de 2012

A ÁGUIA E O POMBO



Certa vez, duas divindades benevolentes, Taishaku e Bishamon, estavam conversando, Taishaku disse:
- Meu amigo, como você sabe, existem muitos governadores de países neste mundo. Qual desses reis você acha que é o mais benevolente e compassivo?
Bishamon pensou um pouco. Era uma pergunta difícil que não admitia resposta imediata. Logo depois, respondeu:
- Algumas pessoas dizem que o rei Shibi tem uma reputação extremamente boa.
Taishaku reclinou-se e disse
- Sim, eu também ouvi a mesma coisa. Ele trata a todos com a mesma benevolência que mostra com seu próprio filho.
Taishaku então sugeriu:
- O rei Shibi nunca foi desafiado. Sabemos de sua reputação somente através de palavras, e por isso acho que seria bom fazer um teste. Sugiro fazer o seguinte: porque você não se transforma num bonito pombo e voa diretamente aos braços de Shibi, como se estivesse fugindo de alguma coisa, enquanto eu o persigo disfarçado em águia, fingindo estar à sua caça? Mostre-se extremamente cansado e farei como se estivesse pronto para fazer de você o meu almoço. Assim, podemos verificar se os rumores sobre a sua benevolência e compaixão são de fato verdadeiras.

O rei Shibi estava andando em seu jardim, quando um pombo repentinamente caiu esvoaçando em seus braços. Uma águia irada e feroz girou em cima e pousou num galho próximo ao rei. Ela olhou para o rei e gritou:
- Dê-me esse pombo!
O rei balançou levemente a cabeça:
- Há muito tempo que jurei que seria sempre benevolente com os seres vivos. E por isso não posso dar-lhe de volta. Realmente, sinto muito.
A águia então disse:
- Que juramento idiota! Mas, caro rei, se suas palavras são verdadeiras, então deverá ter piedade de mim, pois sou um ser vivo. Tenho que me alimentar, você sabe, e não como há dias. A menos que me dê o pombo agora, ficarei muito fraco para apanhar outro. E então morrerei com certeza. O que você diz?
O rei queria sinceramente salvar a vida do pombo, mas também teve pena da águia. Portanto, resolveu dar-lhe um pedaço de sua própria carne com o mesmo peso do pombo. Então puxou da sua espada e cortou um pedaço da coxa. Colocou-o num dos pratos da balança do castelo, e o pombo no outro. O rei olhou para a águia e disse-lhe:
- Ouça bem, eu lhe darei minha própria carne se salvar a vida deste pombo.

A águia concordou, mas uma coisa estranha aconteceu. A balança mostrou que o pedaço considerável de sua própria carne estava mais leve que o pombo. O rei ficou perplexo, mas continuou a cortar mais a sua carne. Desafortunadamente, o peso ainda continuava menor que o do pombo. Ele continuou cortando seus membros um a um, mas não conseguia igualar o peso do pombo.
Finalmente, a águia disse:
- Sua Majestade, evidentemente seus esforços são inúteis. Por que não poupa tanta dor e tristeza, dando-me o pombo? - e então reprimiu severamente o rei pela tolice.
O rei, entretanto, recusou categoricamente. Já estava habituado a tais críticas, e disse ao adversário:
- Este sofrimento é pequeno quando comparado com os do inferno, Mas nem mesmo o sofrimento do inferno pode fazer-me parar agora! Jurei ser benevolente e compassivo com todos os seres vivos. Farei tudo para salvar este pombo, mesmo que isso me custe a vida.

De repente a terra tremeu com violência e flores caíram do céu, e outras nasceram de árvores secas, e várias divindades vieram de longe. Elas elogiaram então o rei:
Ele daria sua própria vida.
Até mesmo para salvar um pequenino pombo.
Ele pouparia sua preciosa vida.
É verdadeiramente a compaixão de um Bodhisattva.
Seu coração merece certamente o elogio do Buda.
Bishamon, o pombo, tomou então a sua forma original e disse à águia:
- Taishaku, a grande benevolência do rei, é sem dúvida verdadeira! Ferimos o corpo de um precioso Bodhisattva. Depressa, use seus poderes para salvá-lo!
Taishaku perguntou:
- Grande rei, não se arrepende de ter sofrido tanto pelo seu juramento?
E o rei respondeu:
- Envolvido pela benevolência do Buda não posso sentir senão alegria profunda. Por que deveria arrepender-me?
Taishaku ouvindo tais palavras, pensou em seu coração: "As pessoas estavam certas. Que maravilhoso rei!
E então aplicou remédio divino ao rei, recuperando seu corpo ferido.

Moral da Estória: Uma vida não pode ser medida  e não tem preço.

Peso de uma Oração.


Uma mulher má vestida e com um olhar de derrota na face, entrou no mercado de alimentos. Ela se aproximou do dono da loja com um modo humilde e perguntou se ele a deixaria colocar alguns alimentos no crediário. Ela explicou suavemente que seu esposo estava muito doente e não podia trabalhar, e que tinha sete filhos que precisavam de comida.
João, o dono da loja, zombou dela e pediu que ela saísse da loja.
Visualizando as necessidades da sua família ela disse; "Por favor, senhor! Eu lhe trarei o dinheiro tão cedo que for possível."
João falou que ele não poderia lhe dar crediário, pois ela não tinha uma conta de crediário na sua loja.
Em pé ao lado do balcão estava um cliente que ouviu a conversa entre os dois. O cliente avançou em sua direção e falou para João que ele garantiria o pagamento de tudo que ela precisava para sua família.
João disse com relutância na sua voz, "Você tem uma lista de compras?"
"Sim, senhor," disse Louise.
"O.K." ele disse, " coloca a sua lista na balança e o que pesa sua lista de compras, eu lhe darei a quantia em com­pras."
A mulher hesitou um momento cabisbaixa, e então colocou sua mão na bolsa e retirou um pedaço de papel com algo escrito nele. Ela deitou o papel na balança cuidadosamente então, ainda cabisbaixa. Os olhos do dono da loja e o cliente mostraram espan­to quando a balança baixou e ficou assim. João, encarando a balança virou devagar ao cliente e disse com contragos­to, "Não posso acreditar."
O cliente sorriu e João começou a colocar alimen­tos no outro lado da balança. A balança não se mexeu, portanto ele continuou a colocar mais e mais até a balança não podia caber mais.
João ficou mostrando desgosto total. Finalmente ele arrebatou a lista da balança e a olhou grandemente pasmado.
Não foi uma lista de compras, mas uma oração que disse, "Prezado Senhor, tu conheces minhas necessidades e estou dei­xando isto nas suas mãos."
O merceeiro lhe deu as compras que juntou e ficou em silêncio atordoado. A mulher o agradeceu e saiu da loja. O cliente alcançou uma nota de R$50.00 ao merceeiro e disse, "Valeu cada centavo dela." Somente Deus sabe: quanto pesa uma oração.